
Papel Salgado
História
Primeiro processo de impressão/fotografia do século XIX desenvolvido por William Fox Talbot. Foi importante porque libertou a fotografia de algumas das desvantagens do daguerreótipo, sendo muito mais barato e, além disso, permitiu que mais de uma cópia das imagens fossem feitas. Niépce também desenvolveu o conceito de impressão em sal, mas não conseguiu fixar as imagens. Talbot começou a usar cloreto de sódio, mas isso não foi totalmente eficaz, apenas desativou o cloreto de prata e não o removeu, foi mais tarde, Herschel que sugeriu o uso de Tiossulfato de Sódio como fixador, em 1839 Talbot adotou este fixador como seu método de fixação, evoluindo o Papel Salgado para o que atualmente é conhecido como “papel salgado comum”, mais usado universalmente de 1840 a 1850.
Execução do Processo Experimental
Este processo inclui duas fases, salga e sensibilização do papel/tecido. Na primeira parte, a solução de sal é feita a partir de 8 g de gelatina neutra diluída em 1000 ml de água, deixando-a diluir a 20 ºC até atingir uma textura gelatinosa. Em seguida, aquece-se a solução até 50 ºC e adicionam-se 20 g de Cloreto de Amônio e 20 g de citrato de sódio. Após atingir 50 ºC, a solução é colocada no suporte, por flutuação ou escovação. Após a secagem da solução de sal, é feito o sensibilizador (isso é feito em laboratório com luz vermelha) a partir da diluição de 15 g de nitrato de prata em 100 ml de água destilada. Após a preparação da solução sensibilizadora, ela é colocada no suporte por flutuação ou escovação, dependendo do suporte. Uma vez colocado, o papel é deixado para secar. Estando seco, é colocado dentro de uma prensa com o negativo, expondo-o à luz solar, se não for possível devido às condições climáticas, é recomendado em uma caixa de luz UV. Após a exposição é processado em água com 10 voltas em duas cubas, que remove o cloreto de prata não sensibilizado, depois 20 voltas em duas cubas de fixador e finalmente uma lavagem final de 10 minutos em água. Deixa-se secar e o processo é concluído.
Falando especificamente sobre o que fiz neste trabalho, na primeira parte tentei imprimir diretamente nos sacos. Para isso, marquei com negativo embaixo (na mesa de luz) um retângulo representando o local onde ficaria a imagem. Depois preparei a solução salina feita anteriormente, aquecendo-a no agitador magnético até atingir 50 ºC. Após fazer a solução, salguei o suporte colocando acrílico dentro para não deixar a solução passar para o outro lado do saco e pincelei a área marcada com o máximo de solução possível e depois deixei secar evitando que os dois lados do saco se tocassem. Após a secagem, fui para a fase de sensibilização, no laboratório com lightred, onde coloquei novamente o acrílico após a lavagem dentro do saco escovando a área determinada até que ficasse o mais úmida possível. Depois deixei secar por 10 minutos. Após a secagem, coloquei a bolsa (suporte sensibilizado) e o negativo na prensa, tendo feito a exposição, mas talvez por não terem sido bem lavados e/ou por haver produtos químicos nas bolsas o resultado, embora bom após a exposição, não foi satisfatório após o processamento tendo ficado completamente manchado, além disso a textura do suporte não era das melhores e a imagem não ficou perfeitamente nítida.